São Paulo--(
DINO - 27 abr, 2018) -
Estar em conformidade com as
leis e
regulamentações do país em que vivemos ou fazemos negócio é uma obrigação de cidadãos e empresas responsáveis, mas nem sempre isso é uma tarefa simples.
De acordo com o
Índice de Complexidade Financeira 2018 da TMF Group, o Brasil é o segundo país mais complexo do mundo entre as 94 nações analisadas, perdendo apenas para a
China. As maiores dificuldades observadas no levantamento estão relacionadas ao cumprimento das obrigações referentes às áreas de
compliance,
fiscal e
contábil. Isso pode ser explicado pelas constantes alterações em leis vigentes e ao frequente surgimento de novas regras.
“Quem não está extremamente atento e acompanhando as mudanças diariamente pode estar fora da lei sem saber. E o cenário é ainda mais complicado para as
multinacionais, que precisam adequar as declarações às legislações locais e adaptar todos os dados ao
controle global”, explica Marco Sottovia, presidente da TMF Group Brasil.
Burocracia
Segundo a empresa responsável pela pesquisa, enquanto a primeira colocada China tem a avaliação impulsionada pelo
Golden Tax System, sistema que implica em maior cautela e detalhamento ao entregar relatórios e declarações fiscais para o governo, o Brasil tem como fator decisivo para a vice-liderança no ranking a
automatização de sistemas. Apesar de, na teoria, o
eSocial não solicitar dados diferentes das diversas declarações anteriores, o sistema se mostrou difícil de ser adotado pelas empresas. O segundo fator mais mencionado pelos entrevistados é o
Reinf, obrigação fiscal que complementa o eSocial. Os dois sistemas juntos exigem mais qualidade e quantidade de dados compartilhados com o governo.
América Latina
Apesar de ser o segundo colocado no ranking global, o Brasil manteve a liderança na América Latina, região mais complexa pelo segundo ano consecutivo, com cinco países no top 10 mundial –
Argentina (5ª posição),
Bolívia (7ª),
Colômbia (8ª) e
México (9ª).
“Diversos países da América Latina iniciaram o processo de automatização de seus sistemas, implementando ferramentas digitais e unificadas. A longo prazo, as mudanças irão simplificar as declarações para o governo, mas, à curto prazo, a transição está causando impactos para as empresas”, explica Sottovia.
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