Releases 02/05/2016 - 15:48

Bancos norte-americanos reportam mau desempenho no primeiro tri de 2016


(DINO - 02 mai, 2016) - Ao que tudo indica, 2016 não começou bem para os cinco maiores bancos norte-americanos. O corte nos gastos ultrapassou US$ 5 bilhões, mas não surtiu o efeito esperado. Segundo alguns especialistas, trata-se do trimestre com piores índices de desempenho desde a crise de 2007. As causas para o cenário assustador são as mais variadas: redução das taxas de juro, instabilidades nos mercados de ações, queda dos preços do petróleo, especulações negativas sobre a China, dentre outras. Para Ricardo Guimarães não será fácil equilibrar despesas e manter a saúde financeira das empresas frente ao atual cenário da economia, sobretudo em relação ao segmento bancário.

Mesmo com uma discreta melhora no segundo semestre, os grandes bancos são motivo de preocupação para os Estados Unidos e o resto do mundo. Executivos afirmam que este tende a ser um ano sem grande rentabilidade, havendo muito pouco a se fazer para que esse cenário seja revertido. De acordo com a Deloitte, especializada em auditorias, empresas com ações no segmento petrolífero foram impactadas de forma mais incisiva. Grandes companhias recorreram aos trâmites jurídicos como forma de se protegerem de uma possível falência. Ricardo Guimarães reporta que especialistas analisaram a situação e chegaram à conclusão que para se compreender claramente os movimentos da economia, é necessário concebê-la como algo que se modifica de modo imprevisível.

Da mesma forma que acontece com outros bancos, cada um possui uma política própria de gestão, mesmo presentes num mercado onde algumas regras são arbitradas, afirma Ricardo Guimarães. Instituições bancárias que possuem estreitos laços de dependência com o mercado, como o renomado Morgan Stanley e o Goldman Sachs perderam mais de 50% da lucratividade costumeira e apresentaram uma degeneração patrimonial estimada em 6%. Os investidores, por sua vez, consideraram esses índices abaixo do patamar aceitável, reporta Ricardo Guimarães.

Grande parte dos mais expressivos bancos em solo americano, elaboraram manobras de corte de custos. Instituições como o Wells e o JPMorgan, resolveram aumentar o número de contratações de pessoal, mesmo com a hostilidade apresentada pelo mercado. Mesmo com apostas ousadas, o Wells apresentou aumento expressivo de sua receita e o JPMorgan conseguiu um corte de gastos maior, com pouco impacto sobre os resultados produzidos. Para Ricardo Guimarães, a solidez das instituições bancárias, é algo extremamente importante em épocas de maiores crises econômicas. Prova disso, é a segurança que os dois grandes bancos tiveram ao contratarem mais colaboradores, conclui Guimarães.

A economia sofre muitas influências de agentes externos ao mercado econômico, ressalta Ricardo Guimarães. No Bank of America, o efeito desses agentes foi bastante percebido, já que especulações acerca da desaceleração da economia mundial, associadas ao movimento de alta do juro dos Estados Unidos, acarretaram ao banco um prejuízo de 18% na lucratividade do trimestre. O impacto foi sentido, sobretudo, nas transações envolvendo ações. Guimarães defende a tese de que é muito importante que as instituições, principalmente as bancárias, estejam atentas às possíveis oscilações do mercado e saibam dialogar, de forma eficiente, com seus investidores.

Fonte: G1
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