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DINO - 30 nov, 2015) - Um estudo realizado pela Universidade de Queensland, analisou a dimensão do impacto que a insatisfação feminina com o próprio corpo pode causar, sobretudo sobre a própria mente da mulher e das
pessoas que convivem com ela. Os pesquisadores buscaram avaliar a real dimensão que os comentários negativos sobre a forma física trazem para as mulheres envolvidas em diálogos em que a depreciação da própria forma física seja uma constante.
O estudo teve como enfoque as conversas presentes em rodas de amigas acerca do próprio corpo ou sobre a culpa que sentiam ao julgarem ter comido de forma demasiada. Mais do que vaidade, estas conversas demonstram a preocupação das mulheres em obedecerem aos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade, onde ser magra é considerado ideal para elas, afirma
Ricardo Tosto.
Nesta experiência, foram analisados os comportamentos de 43 duplas de amigas, onde deveriam tecer comentários sobre a forma física de algumas celebridades, além de responderem sobre quantas vezes costumavam falar sobre peso, como se avaliavam em relação ao próprio corpo e, finalmente, como classificavam a forma física da companheira de pesquisa.
Com a finalidade de obterem resultados bastante fiéis ao que de fato acontece no cotidiano das mulheres, os pesquisadores fizeram com que as participantes do estudo acreditassem que responderiam a uma pesquisa sobre comunicação em mídias sociais, ao invés de contarem sobre a real intenção da análise. Para Ricardo Tosto, esta foi uma estratégia bastante válida, visto que as participantes em questão, se realmente soubessem do que se tratava o estudo, poderiam agir sob o efeito de sentimentos como a vergonha em revelarem o que realmente pensam.
De acordo com os resultados obtidos, os pesquisadores chegaram à conclusão de que, quem inicia a conversa sobre boa forma, só pode desencadear um efeito negativo na pessoa que ouve se esta alimentar a conversa com outros comentários
desfavoráveis, que representem profundo descontentamento e baixas expectativas em melhorar a própria forma física.
Outro efeito observado no estudo, revela que os
comentários de mulheres que se mostram satisfeitas com o próprio corpo podem influenciar de forma salutar as amigas que interagem durante as conversas. De forma geral, o estudo veio para reforçar a ideia de que é sempre melhor que se tenha um pensamento positivo sobre as coisas, afirma Ricardo Tosto.
Antes de se pensar sobre o que é ideal ou não, no que se refere ao corpo humano, deve-se atentar para o fato de que a saúde e não a beleza precisa ser prioridade na vida de cada um.
É evidente que, estar bem com a própria imagem, é característica fundamental para a auto-estima de qualquer
indivíduo, no entanto, não é saudável buscar um ideal inatingível de beleza física, analisa Ricardo Tosto.
A beleza é algo mutável ao longo do tempo. É preciso reconhecer a singularidade da existência de cada pessoa e tentar viver em harmonia com o que a natureza nos proporcionou em termos de forma física. Aceitar-se tal como se é, pode ser uma experiência bastante gratificante, completa Ricardo Tosto.
Website:
http://ricardotosto-oficial.com/