São Paulo - SP--(
DINO - 14 jun, 2016) - A população mundial está ficando mais madura. Dados da OMS (Organização Mundial de Saúde) indicam que em 2020 o número de pessoas acima dos 60 anos ultrapassará o de crianças até cinco anos. E os índices apontam que, em 2050, haverá mais de 2 bilhões de idosos no mundo.
No Brasil, o número de idosos também está aumentando. A estimativa é de que, nos próximos oito anos, a parcela de idosos na população brasileira passará dos atuais 11% para 14,6%. Já em 2040, os indivíduos com 60 anos representarão mais de 27% dos brasileiros. Em termos absolutos, serão cerca de 30 milhões de idosos em 2020, chegando a ultrapassar a marca dos 55 milhões de indivíduos em menos de três décadas.
Baseados nestes dados, é fundamental atentarmos para o processo de envelhecimento e suas consequências para o futuro da sociedade. Há anos o especialista em medicina social da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, Hans Schaefer, trata esta temática: "Nossa expectativa de vida depende do nosso estilo de vida. Expectativa de vida não significa somente tempo de vida, mas também qualidade de vida; não leva em consideração somente a idade que um indivíduo terá, mas como ele envelhecerá", afirma.
A OMS classifica como "envelhecimento ativo" uma qualidade de vida que permita às pessoas ou grupos desfrutar de saúde, sentir segurança, conseguir autonomia e independência e ter a possibilidade de conviver harmonicamente com seus contemporâneos, participando de diferentes atividades do cotidiano.
Desta forma, é fundamental que, além de completarmos novas primaveras, também vivamos esse período de maneira digna. E é pensando no envelhecimento ativo que surgiu o conceito de aging in place (envelhecendo neste lugar, em livre tradução). Marcia Sena, especialista em qualidade de vida na terceira idade da Senior Concierge, e precursora na promoção do conceito no Brasil, esclarece que o aging in place é o nome dado à habilidade que um cidadão tem de viver sozinho em casa de forma segura, independente e confortável, apesar da idade e renda.
Márcia Sena explica: "A postura do idoso tem mudado, ele não quer mais ser visto como aquele velhinho curvado de bengala das imagens dos assentos preferenciais de ônibus e metrôs. Estudos mostram que 49% deles têm medo de ser um peso para a família. Esses idosos estão em um momento especial da vida, felizes de terem chegado na terceira idade e querem continuar vivendo na casa onde sempre moraram".
Ela acrescenta: "Para que eles possam fazer isso com a segurança e autonomia necessária, há, cada vez mais, uma série de serviços e soluções de suporte que os auxiliam a manter essa independência. Existem várias opções que vão desde bracelete de emergência, serviço de faxina, delivery de alimentação saudável, fisioterapia em casa, avaliação de segurança da residência e acompanhamento pessoal para uma consulta médica ou uma ida ao shopping. Tudo vai depender da necessidade do idoso e da família", diz.
Um dos pilares do envelhecimento saudável do ponto de vista físico, emocional e relacional é o apoio. Os idosos precisam dispor da possibilidade de se preparar para possíveis dificuldades que virão com o envelhecimento e, para isso, precisam contar com ajuda no momento em que elas se apresentarem. "Com a rotina atribulada, muitos filhos não têm tempo para o suporte necessário para os pais. Portanto, uma boa opção é contratar um serviço de acompanhamento para levar o idoso ao shopping ou mercado, nem que seja para quebrar a rotina. Outra opção também é chamar um desses acompanhantes para levá-los para consultas médicas. Estes profissionais podem ser da área da enfermagem e, por atuarem nessa área, podem fazer um relatório para a família sobre a consulta, já que o idoso pode se confundir e não lembrar de todos os detalhes conversados com o médico. Mas estes profissionais de acompanhamento não precisam usar roupa branca. Este é um cuidado que nós temos sempre em mente, pois segundo pesquisa, os idosos não se sentem à vontade com eles vestidos assim, por passar a impressão de que não possuem autonomia", ressalta a especialista.
Outra questão embutida no conceito de envelhecimento ativo é a segurança, ou seja, o sentimento de estar seguro em relação à possibilidade de manter a saúde, autonomia e independência. "Com a idade, surgem algumas dificuldades de locomoção que facilitam as quedas. Segundo estudos brasileiros, depois dos 75 anos de idade, 70% dos idosos caem pelo menos uma vez por ano e o tempo de socorro é fundamental para que as sequelas sejam mínimas. Se ele for atendido em menos de uma hora, as chances de recuperação são grandes, mas a cada hora que passa sem socorro, aumentam as chances dos idosos ficarem com sequelas por causa de queda ou desmaio", esclarece Márcia Sena.
Para auxiliar os idosos, nessas situações há braceletes ou pingentes de segurança, que consistem em aparelhos com botão de emergência. "Caso o idoso se sinta mal, com tontura ou caia, ele pode apertar o botão, acionando uma central de atendimento 24 horas que vai tentar entrar em contato com ele pelo viva-voz do aparelho. Se ele não responder, o atendente seguirá o plano de ação de contatar os familiares e até possivelmente acionar uma equipe de remoção. É uma ferramenta simples, que não é onerosa e que permite o socorro a esse idoso o mais breve possível", explica.
Quando o assunto é autonomia e segurança do idoso, também é fundamental uma avaliação da residência na qual ele vive. No serviço oferecido pela Sênior Concierge, um terapeuta ocupacional gerontólogo fica responsável por fazer uma visita à casa para avaliar o espaço e identificar barreiras físicas e objetos perigosos, como tapetes e móveis em excesso, para, depois, sugerir uma série de adaptações a serem realizadas por uma equipe de arquitetos e designer de interiores. As intervenções vão desde a instalação de barras de apoio, corrimãos, pisos antiderrapantes, ajustes na iluminação, adequação de mobiliário ou até mesmo a ampliação de uma passagem. Tudo o que for necessário para deixar o ambiente mais seguro e proporcionar mais qualidade de vida.
A limpeza da casa também é muito importante para um ambiente com idosos. Portanto, é importante contar com um serviço de limpeza que faça a higienização com produtos neutros, antialérgicos e que conte com profissionais capacitados para limpar a residência e ainda monitorar as orientações que foram feitas pela Terapeuta Ocupacional Gerontóloga.
A alteração nutricional é uma outra questão que também ocorre com a idade. Enquanto alguns idosos passam a comer menos, pois perdem o paladar, outros esquecem de fazer algumas refeições ou acabam se descuidando da alimentação e consumindo alimentos muito gordurosos. "Muitos idosos desenvolvem intolerância ao glúten e a lactose, pensando nisso, é importante dispor de um delivery de culinária saudável personalizado de acordo com a necessidade nutricional do idoso. Se ele for diabético ou tiver alguma intolerância, a alimentação pode ser feita especialmente para ele", destaca Márcia Sena.
A independência e autonomia que este sistema proporciona não pode ser confundida com o isolamento do idoso do resto da família. Uma prática muito comum na nossa cultura é a desvalorização da pessoa idosa. Para evitar isso, a família deve incluir o idoso e fazê-lo participar das tomadas de decisão já que ele conta com o conhecimento acumulado de uma vida. "A estrutura familiar mudou, antes sempre tinha uma filha mulher que cuidava da casa e acabava ficando com os cuidados dos pais, por exemplo. Hoje, essa mulher está no mercado de trabalho. Por isso, o suporte de aging in place é um braço de apoio para essas famílias que tem uma demanda e uma rotina muito atribulada. No entanto, nós sempre deixamos claro que o acolhimento a esse idoso é algo que não dá para ser delegado. Ele precisa se sentir querido e amado e se sentir parte da tomada das decisões", complementa Márcia Sena.
Sobre Márcia Sena
É especialista em qualidade de vida na terceira idade da Senior Concierge. MBA em Administração na Marquette University (EUA) e experiência em várias áreas terapêuticas da indústria farmacêutica.
Criou a Senior Concierge a partir de uma experiência pessoal de dificuldade de conciliar seu trabalho como executiva e cuidar dos pais que estão envelhecendo. Se especializou nas necessidades e desafios da terceira idade e desenvolveu serviços com foco na manutenção da autonomia de pessoas da melhor idade no seu local de convívio, oferecendo resolução de problemas de mobilidade, bem-estar, tarefas domésticas do dia a dia e segurança contra males súbitos.
Sobre a Senior Concierge
A Senior Concierge oferece serviços diferenciados e customizados que proporcionam conforto e independência à terceira idade. Ela é pioneira no Brasil no exclusivo modelo de prestação de serviços já conhecido e praticado nos Estados Unidos e na Europa, chamado "Aging in Place", que oferece um pool de serviços que permitem que o idoso continue sua rotina diária normalmente, sem que precise mudar de sua casa ou perder a liberdade.
Com algumas simples adaptações para esta nova fase de vida e o suporte pontual de alguns serviços personalizados, que vão desde a manutenção da limpeza doméstica até a implantação de um sistema de assistência remota, asseguram aos que chegam à terceira idade manter a independência, sem colocar em risco sua segurança ou saúde.
Trata-se de um conceito é inovador pois permite que o idoso continue no comando de sua vida, o que promove a autoestima, sem perder de vista suas novas necessidades, impostas pelo desafio do envelhecimento e que precisam ser atendidas.
Website:
http://www.seniorconcierge.com.br/