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DINO - 30 jul, 2015) - Uma delegação de altos funcionários dos governos do Chile e do Brasil encontrou-se na sede do Ministério das Relações Exteriores do Chile, em Santiago, para participar do IX Comitê de Monitoramento do Comércio Bilateral, evento que acontece regularmente para examinar em detalhes as várias áreas econômicas de interesse comum e estimular os fluxos comerciais e investimentos entre Brasil e Chile, sob o Acordo de Complementação Econômica Chile ? Mercosul, em vigor desde outubro de 1996.
A delegação brasileira foi liderada por Ivan Ramalho, secretário executivo do Ministério da Indústria e Comércio, juntamente com o embaixador do Brasil no Chile, Georges Lamazière. Liderando a delegação do Chile, esteve o diretor geral da DIRECON ? Ministérios das Relações Exteriores do Governo do Chile, Andrés Rebolledo.
Em seu discurso, o líder chileno reafirmou o Brasil como um parceiro político e econômico de alta importância para o país andino:
"Por esta razão, desde que assumimos o governo em 2014, estamos promovendo uma agenda de trabalho diversificada, que nos permita avançar em áreas relevantes, tais como investimentos, facilitação do comércio, cadeias produtivas e, especialmente, na criação de uma comissão bilateral reguladora, que permita medidas de acompanhamento adequadas a essas propostas que influenciam o comércio bilateral. Somos economias complementares na América Latina. Queremos avançar e vimos com satisfação o progresso dos compromissos assumidos desde a última reunião realizada em Brasília no ano passado", reforçou Andrés Rebolledo durante o encontro.
Enquanto isso, Ivan Ramalho lembrou que Chile e Brasil têm forte potencial para crescer comercialmente através de investimentos mútuos e sublinhou a intenção de realizar a próxima reunião no Brasil no segundo semestre, a fim de continuar avançando nas diversas áreas de interesses bilaterais.
Entre os temas da agenda de trabalho, foram abordadas a análise e avaliação da relação de negócios, as questões regulamentares em áreas como o acesso ao mercado, e a posição de ambos sobre o Acordo de Facilitação do Comércio, aprovado pela OMC, além dos progressos atingidos pela concretização das propostas de convergência entre Aliança do Pacífico e o Mercosul.
Este ano, em paralelo às atividades regulares, uma dezena de empresários se reuniu para discutir as oportunidades de investimentos mútuos e avaliar propostas de negócios. Nesta ocasião, participaram os dirigentes da Sociedade de Fomento Fabril do Chile (SOFOFA) e empresários brasileiros relacionados às áreas de transportes, alimentos, metalmecânica e têxteis, entre outras.
De acordo com dados da DIRECON, com um acumulado de US$ 26.189 milhões (estoque tiene otro sentido), ou 26,2% do total de investimentos chilenos diretos no mundo, o Brasil é hoje o principal destino para mais de 150 empresas do Chile, responsáveis pelo desenvolvimento de mais de 290 projetos. Além disso, segundo informações publicadas pelo Banco Central do Chile, entre 2009 e 2013, o acumulado de investimentos brasileiros diretos no Chile atingiu US$ 4.150 milhões.
Intercâmbio comercial Chile-Brasil
Apesar do cenário global, que passa por uma lenta recuperação econômica, o comércio bilateral com o Brasil aumentou 3% em 2014, registrando um rendimento de US$ 9.796 milhões. As exportações chilenas para o mercado brasileiro totalizaram US$ 4,123 milhões, considerando, além da exportação de minerais, o envio de alimentos e bebidas, que tiveram crescimento total de 14% nesse ano. Paralelamente, a indústria de metais primários alcançou um crescimento de 25% em exportações para o mercado brasileiro, no mesmo período. Do Brasil para o Chile, as exportações somaram rendimento de US$ 5.674 milhões.
De acordo com análise realizada pelo ProChile, órgão responsável por promover as exportações chilenas, o crescimento das classes emergentes no Brasil nos últimos anos, tem sido um fator de reforço para as estratégias do Chile no mercado brasileiro. Através, principalmente, das ações de marcas setoriais chilenas, em parceria com o setor privado, que vêm implementando estratégias para se posicionar nesse mercado, e, desta maneira, destacar as características setoriais de origem e qualidade da indústria chilena.
Atualmente, destacam-se quatro marcas da indústria chilena de Alimentos e Bebidas (Azeite de Oliva do Chile, Wines of Chile, de vinhos, Salmón de Chile, de salmão, e Patagonia Mussel, de mexilhões). Além disso, há uma marca no setor de Ensino, que visa promover os serviços de ensino superior e a experiência de estudar no país (Learn Chile).
Atualmente, o Chile é o primeiro fornecedor no Brasil em salmão fresco, abacate, nozes, vinhos engarrafados e mexilhões. Em 2014, o mercado brasileiro tornou-se o principal destino das exportações de azeites de oliva do Chile, superando os Estados Unidos, que lideravam o ranking até o ano anterior.
ProChile
Escritório comercial do Chile no Brasil, o ProChile apoia a promoção das exportações de bens e serviços chilenos, além de contribuir na atração de investimentos estrangeiros e no fomento do turismo do país. Com 40 anos de experiência e uma rede de mais de 50 escritórios comerciais no mundo, o ProChile apoia empresas chilenas a participarem das mais importantes feiras e conferências internacionais, bem como eventos em que empresários de diferentes regiões do mundo se reúnem para estreitarem relações comerciais. Mais informações:
http://www.prochile.gob.cl.
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