São Paulo--(
DINO - 27 abr, 2016) - Não é novidade para empresas e profissionais de marketing e vendas que os avanços recentes no campo tecnológico, que levaram dispositivos de alto desempenho e com capacidade de conexão à Internet para dentro dos bolsos das pessoas, afetaram de forma irreversível a interação entre consumidor e mercado de consumo.
O amplo acesso à informação, proporcionado por smartphones, tablets e outros dispositivos de uso pessoal com acesso à rede mundial de computadores, faz com que as pessoas tenham a capacidade de pesquisar sobre qualquer assunto de interesse em sistemas de buscas, que encontram praticamente todas as respostas desejadas. E o melhor disso tudo, ressalta José Borghi, executivo da agência de publicidade
Mullen Lowe Brasil (antiga
Borghi Lowe), é que essas buscas podem ser feitas a qualquer momento e em qualquer lugar com conexão de internet.
Era de se esperar, comenta José Borghi, que esse novo panorama afetasse a maneira como os consumidores se relacionam com as marcas. Os primeiros sinais dessa revolução em curso vieram com o aumento e aproximação da comunicação entre consumidor final e grandes corporações, proporcionado pelas redes sociais e sites de avaliação de empresas. Contudo, avalia o executivo da Mullen Lowe, essas interações têm extrapolado a mera troca de mensagens e vêm se tornando cada vez mais subjetiva e controlada pelos usuários de serviços online.
Análise de quem está atento
Para tentar dimensionar essas mudanças,
José Borghi recorre a levantamentos recentes divulgados pela Google sobre como usuários de dispositivos mobile buscam informações online, inclusive em relação à procura por produtos e serviços.
Baseado em dados coletados nos anos de 2014 e 2015, a gigante da tecnologia definiu em números, no site "Think with Google", essas novas interações dos internautas com as informações relacionadas ao consumo. Os pontos mais relevantes, levando em conta, principalmente, os números do mercado americano, mostram que:
? Para 65% dos consumidores online, a procura por informações na internet, hoje, é maior, em comparação com alguns anos atrás;
? 66% dos usuários de smartphones usam seus aparelhos para procurar por algo visto em um comercial de TV e 82% procuram informações sobre negócios locais em sistemas de busca online, mesma porcentagem que usa o telefone para tomar decisões no local da compra;
? Dobrou o número de pesquisas incluindo o termo "perto de mim" de 2014 para 2015;
? Mais de 100 milhões de horas de vídeos do
YouTube no estilo "Como Fazer" foram assistidos pelos residentes da América do Norte, somente entre janeiro e maio de 2015;
? Enquanto o aumento na taxa de conversas por dispositivos móveis aumentou em 29% de 2014 para 2015, 91% dos usuários se voltaram para o telefone na busca de ideias para realizar tarefas do cotidiano.
Na prática, esses números mostram que se criou todo um mercado de oportunidades para a oferta de produtos e serviços que atendam as demandas mais urgentes do dia a dia de todos os nichos de consumidores.
Assim que as necessidades surgem, o consumidor busca uma resposta e espera que a solução seja tão simples quanto a procura, salienta José Borghi. As vendas do mercado de
aplicativos mobile e as visualizações de canais de vídeos instrutivos, que crescem a taxas absurdas, em todo o mundo, são uma prova de que quem está alinhado a essa nova realidade já colhe bons frutos.
Compreender o impacto dessas mudanças e se adequar, criando mecanismos que aproximem todo o marketing de vendas dessa nova dinâmica do mercado, será fundamental para a sobrevivência de qualquer empresa que se propõe a atuar no mercado digital nos próximos anos, finaliza José Borghi.
Website:
http://us.mullenlowe.com/