Será que vale a pena insistir em ficar no poder?
São Paulo, SP--(DINO - 19 abr, 2016) - *Prof. J. Vasconcelos
A votação da admissibilidade do impeachment da Dilma, realizado na Câmara Federal, no último domingo, deixou bem nítido um quadro desfavorável à governabilidade. Com efeito, ficou patente que a maioria absoluta dos parlamentares daquela casa, é contrária à Presidente.
Neste caso, numa hipótese de a Dilma se livrar do impedimento, que condições ela teria para governar? Numa visão menos pessimista possível, diríamos nenhuma.
Então por que insistir em permanecer no cargo máximo, quando lograria pouco êxito na aprovação de seu programa? E de outra parte, estaria sujeita a engolir projetos de leis de iniciativa dos parlamentares em desacordo com suas metas.
Daí por que em países com o regime de parlamentarismo, situações dessa natureza implicam na renúncia dos primeiros- ministros.
Além do mais, não é somente a questão dos deslizes contábeis no orçamento (pedaladas fiscais), o problema é muito mais grave: durante a sua gestão o país chegou a uma gravíssima crise econômica, com alta recessão, cerca de 10 milhões de desempregados, com falência de milhares de empresas, alta inflação e descrédito internacional. E como uma sombra terrível, acompanha o seu governo uma corrupçaõ institucionalizada com vinculação com o seu partido político, a ponto de quase destruir a mais importante empresa estatal.
Ora, numa democracia pura, para a destituição de um primeiro mandatário da Nação não basta somente ter incorrido em crimes de responsabilidade fiscal. O desempenho na economia e na qualidade de vida da população pesam muito mais do que desobediência a regras fiscais. E seis anos de mandato apresentando resultados negativos são bastante para justificar a saída de um presidente. Enquetes realizadas vêm demonstrando a insatisfação do povo com seu governo ( mais de 60% em desaprovação) e as volumosas manifestações públicas vem crescendo a cada dia em todas as capitais do país.
De sorte que, numa apreciação longe do partidarismo, acreditamos que o bom-senso indica que seria conveniente uma substituição no mando do governo. Pelo menos, fortaleceria as esperanças de um povo.
*O Professor José Vasconcelos é filósofo, pesquisador, publicista e autor do livro Democracia Pura.
Website: http://www.democraciapura.com.br/
A votação da admissibilidade do impeachment da Dilma, realizado na Câmara Federal, no último domingo, deixou bem nítido um quadro desfavorável à governabilidade. Com efeito, ficou patente que a maioria absoluta dos parlamentares daquela casa, é contrária à Presidente.
Neste caso, numa hipótese de a Dilma se livrar do impedimento, que condições ela teria para governar? Numa visão menos pessimista possível, diríamos nenhuma.
Então por que insistir em permanecer no cargo máximo, quando lograria pouco êxito na aprovação de seu programa? E de outra parte, estaria sujeita a engolir projetos de leis de iniciativa dos parlamentares em desacordo com suas metas.
Daí por que em países com o regime de parlamentarismo, situações dessa natureza implicam na renúncia dos primeiros- ministros.
Além do mais, não é somente a questão dos deslizes contábeis no orçamento (pedaladas fiscais), o problema é muito mais grave: durante a sua gestão o país chegou a uma gravíssima crise econômica, com alta recessão, cerca de 10 milhões de desempregados, com falência de milhares de empresas, alta inflação e descrédito internacional. E como uma sombra terrível, acompanha o seu governo uma corrupçaõ institucionalizada com vinculação com o seu partido político, a ponto de quase destruir a mais importante empresa estatal.
Ora, numa democracia pura, para a destituição de um primeiro mandatário da Nação não basta somente ter incorrido em crimes de responsabilidade fiscal. O desempenho na economia e na qualidade de vida da população pesam muito mais do que desobediência a regras fiscais. E seis anos de mandato apresentando resultados negativos são bastante para justificar a saída de um presidente. Enquetes realizadas vêm demonstrando a insatisfação do povo com seu governo ( mais de 60% em desaprovação) e as volumosas manifestações públicas vem crescendo a cada dia em todas as capitais do país.
De sorte que, numa apreciação longe do partidarismo, acreditamos que o bom-senso indica que seria conveniente uma substituição no mando do governo. Pelo menos, fortaleceria as esperanças de um povo.
*O Professor José Vasconcelos é filósofo, pesquisador, publicista e autor do livro Democracia Pura.
Website: http://www.democraciapura.com.br/