São Paulo - SP--(
DINO - 12 dez, 2016) -
O ato de fotografar, antigamente, era feito apenas pelos profissionais da área em razão do alto custo dos filmes e também dos equipamentos, porém com a modernização dos equipamentos, por meio do surgimento das máquinas digitais e principalmente da popularização dos smartphones com câmeras cada dia melhores, qualquer pessoa pode fazer uma fotografia de rua.
A fotografia de rua, também chamada de street photography, é caracterizada por pequenos momentos, de detalhes do cotidiano que envolvem pessoas, animais em um ambiente público que pode ser em uma rua qualquer, em um bar ou até mesmo no ônibus ou no metrô.
Atualmente, Gustavo Minas é um dos melhores fotógrafos brasileiros e é classificado também como um dos grandes nomes na categoria street photography, foi entrevistado pelo blog
Dionísio Arte .
Ainda em 2009, a terminologia street photography não estava em alta, porém para Gustavo Minas, sair para a rua com o objetivo de fotografar foi algo natural, por diversos motivos.
"Primeiro, pelas fotos do Carlos Moreira do centro de São Paulo na década de 60, que eram muito inspiradoras e me fizeram querer percorrer aquele caminho. Segundo, porque eu havia me mudado pra São Paulo havia menos de dois anos, e fazer foto de rua era um jeito de conhecer e desbravar a cidade e também pelo fato de que eu gosto de andar sozinho, para mim funciona como uma forma de meditação, para esvaziar a cabeça", explica.
Segundo o fotógrafo, suas imagens são afetadas conforme o local em que ele está. Nascido do interior de Minas, ele ainda morou na capital paulista e agora reside na capital federal.
"Comecei em São Paulo, e lá eu acabava fazendo uma fotografia de rua complexa como a cidade, cheia de camadas, várias coisas acontecendo, meio caótica. Em Minas, era outro esquema, bem mais simples, meio contemplativo e Brasília tem sido uma mistura dos dois, acho".
Para Minas, a street photography ou fotografia de rua é considerada uma obsessão por quem tem o hábito de fotografar e é muito bom poder compartilhar com outras pessoas esse gosto.
"É simples, na real! É tudo uma questão de luz, de fotografar "na hora boa". O tratamento da foto é feito no Lightroom e o Photoshop só uso de vez em quando", assegura.
Para pagar as contas, Minas ainda trabalha como jornalista, mas ele conta que sempre aparecem uns trabalhos freelance e assim ele pode sustentar o seu vício que é viajar.
"Geralmente, quem me chama é gente que vê minhas fotos mais pessoais e quer que eu faça um casamento, uma pauta ou retratos, e eu até faço, mas acho que um profissional talvez faça melhor. Meu negócio é a rua, é ter liberdade para fazer a foto que eu gostaria de ver", expõe.
O sonho do fotógrafo para quando envelhecer é se aposentar para poder dedicar todo o seu tempo apenas a fotografia. Diferentemente dos idosos que jogam xadrez na praça, Minas quer apenas fotografar e, ainda, publicar um livro com todos os seus cliques.