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DINO - 12 mai, 2016) - As doenças degenerativas são, há tempos, uma preocupação constante para a ciência. Isso porque, em muitas delas, o paciente tem sua qualidade de vida afetada de forma profunda e irreversível. Mas ao que tudo indica, um estudo inovador trouxe luz para esses casos tão extremos. Realizada no Reino Unido, nas dependências da Universidade de Leicester, a pesquisa pioneira consiste em analisar o comportamento de moscas-das-frutas frente ao tratamento envolvendo medicamentos e modificações genéticas. A matéria, exibida pelo programa Bem Estar, da rede Globo, proporcionou esperança para os telespectadores, avalia o
médico Sergio Cortes.
Originalmente publicado pela Proceedings of the National Academy of Sciences, uma revista com enfoque em assuntos científicos de grande relevância internacional, o estudo defendeu a tese de que determinados tipos de moléculas, denominadas de metabólitos, poderiam ser afetadas com o tratamento adequado, o que levaria a uma ação determinante para que doenças degenerativas freassem sua progressão. De acordo com os estudiosos desse experimento, tais moléculas são comuns em casos de Alzheimer e Parkinson, duas das maiores doenças degenerativas que afligem pacientes e familiares na atualidade.
Sergio Cortes reforça que trata-se de um grande avanço para o tratamento dessas moléstias, o que implicará no bem-estar geral dos pacientes afetados.
Alguns grandes estudos foram realizados anteriormente, com o intuito de se desenvolver uma solução eficaz para barrar o efeito dessas doenças. Determinadas substâncias, mostraram-se comuns e presentes em maior número, em pacientes onde era conhecida a presença de alguma doença degenerativa. Há alguns anos, constatou-se a efetiva ação que algumas modificações genéticas trariam no auxílio ao combate do aumento de agentes nocivos, o que abriu um precedente para o sucesso de atuais estudos nesse campo. Com uma larga experiência na área da saúde, Sergio Cortes sente-se grandemente satisfeito com os avanços que a ciência tem obtido, pois para ele, mais pessoas poderão viver de forma plena e feliz.
De acordo com a matéria, as moscas utilizadas nesse estudo, tiveram a perda de neurônios reduzida, uma vez que inibiu-se as enzimas causadoras dos
sintomas degenerativos. O aumento do tempo de vida, bem como a reversão de graves alterações motoras, foram outros benefícios observados. De acordo com a neurocirurgiã Alessandra Gorgulho, doenças degenerativas são crônicas e possuem um avanço lento em seu curso, ocasionando a tão temida morte de neurônios em grande número. O médico Sergio Cortes acredita que há um longo caminho a se trilhar, porém, com grandes perspectivas de sucesso.
O renomado cientista, Flaviano Giorgini, responsável pelo Departamento de Genética em Leicester, acredita na possibilidade de se desenvolver medicamentos que impeçam a morte de neurônios, decorrente de tais doenças. Segundo ele, o fator que implica em maiores riscos, é a senilidade, motivo pelo qual se vê mais casos nos dias de hoje se comparado aos séculos passados, quando a expectativa de vida era consideravelmente menor. Sergio Cortes destaca que é realmente imprescindível a realização de um estudo dessa magnitude, pois trata prioritariamente dos idosos, maiores afetados, ao passo que deixam um importante legado para a saúde de gerações futuras.
Fonte:
G1