São Paulo--(
DINO - 23 mar, 2016) - Nos últimos meses, os brasileiros têm pagado mais pelo consumo de energia com a implantação da bandeira tarifária vermelha, que acrescenta R$ 0,045 para cada quilowatt-hora consumido. Isso porque as condições de geração de energia elétrica no país não estão favoráveis, o que demanda mais gastos para produzir toda a eletricidade necessária. Com isso, a busca por alternativas de geração de energia também começou a crescer.
Geração distribuída é o meio pelo qual os próprios consumidores produzem energia em quantidades relativamente pequenas para uso individual, ou seja, para gastarem apenas com o consumo em suas atividades.
Ricardo Tosto comenta que esse método tem duas grandes vantagens, pois além de exigir um investimento bem menor que os meios tradicionais de geração de energia, utiliza fontes renováveis e abundantes, como o sol e o vento. Dessa maneira, a geração distribuída alia a produção de energia limpa a uma forma mais barata de resolver o problema da baixa produtividade.
Com
eficiência comprovada, esse método deve ganhar cada vez mais a atenção das instituições públicas, passando a receber mais investimentos, destaca Ricardo Tosto. Até porque, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), divulgou recentemente alguns dados que mostraram que a geração distribuída cresceu bastante no Brasil nos últimos tempos.
Isso aconteceu principalmente depois da implantação da bandeira tarifária vermelha, já que em dezembro de 2015 houve um aumento de 70% na utilização dessa alternativa quando comparado com outubro do mesmo ano. Enquanto no último mês do ano já tinham mais de 1700 consumidores usando a geração distribuída, dois meses antes eram apenas cerca de 1000 usuários. E para exemplificar ainda melhor essa evolução, 2015 apresentou um crescimento de 308% no uso desse método em relação ao ano anterior.
Tudo isso, cita Ricardo Tosto, aconteceu especialmente por terem acontecido avanços em relação à
regulação da produção dessa energia e pela dificuldade encontrada pelos outros métodos. Além de terem enfrentado problemas estruturais, os meios mais tradicionais de gerar energia também receberam menores investimentos, principalmente devido à instabilidade econômica atravessada pelo país, o que restringiu consideravelmente o crédito. Um exemplo disso é a diminuição dos desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o que ocorreu devido ao ajuste fiscal.
Entretanto, apesar do aumento da geração distribuída e de algumas atitudes da ANEEL favoráveis ao método, o Governo Federal ainda não deu grandes sinalizações positivas sobre o assunto, inclusive tendo mantido algumas restrições em relação à geração dessa energia, comenta Ricardo Tosto. Mesmo assim, a
agência reguladora tem apresentado normas mais flexíveis para a geração distribuída, como a permissão para que pessoas interessadas nessa alternativa possam fazer cooperativas e criarem uma espécie de micro geração distribuída. Com essa possibilidade é natural que cada vez mais pessoas se interessem pelo assunto e esse meio de gerar energia tenha um grande crescimento nos próximos anos.
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