São Paulo--(
DINO - 15 set, 2015) - São Paulo- A piora dos indicadores gerais da economia convenceu muitos empresários a buscarem ajuda de especialistas em "turnaround" ou recuperação financeira acelerada como tentativa de evitar o agravamento da crise em suas operações. O cenário de aperto financeiro mais prolongado traz um fato novo, a quebra de resistências no universo de empresas a entregarem a condução de seus negócios a gestores interinos. "Muitas cavaram um buraco tão profundo em suas finanças que é difícil sair sem ajuda externa", avalia o economista Luis Alberto Paiva, presidente da Corporate Consulting, uma das consultorias líderes do mercado de reestruturação corporativa
"Temos acompanhado diversos casos de empresas que evitaram a quebra, retomaram os pagamentos aos seus credores e passaram a gerar novos negócios após adotar projeto de turnaround ou mesmo ter acionado o mecanismo da recuperação judicial. Após a reestruturação, tem hoje uma vida empresarial mais saudável, introduziram controles gerenciais, sistemas de preços dinâmicos para evitar prejuízos e aumentaram o faturamento com maior disciplina financeira e corte de custos. Outras conseguiram vender parte ou o total dos ativos, o que seria inviável pela existência de dívidas de curto prazo e ações de cobrança", aponta Paiva.
O primeiro passo na crise atual é evitar medidas desesperadas que somente irão agravar a saúde financeira. "Verificamos atualmente que muitos empresários começam a vender bens até pessoais com preços aviltados, cortar funcionários, produtos menos rentáveis, mas tudo sem um plano de negócios de médio e longo prazo, o que pode ser fatal", ressalva Paiva.
Uma terapia de ajuste deve começar pela cabeça do controlador. Reestruturar um negócio costuma contrariar tudo o que o fundador da empresa acredita. "O empreendedor sempre reluta em reduzir de tamanho, vender ativos, descontinuar e reposicionar produtos pouco rentáveis, adotar nova estratégia de negócio, encolher a folha de pagamentos. É sempre uma decisão extremamente difícil, porque envolve muita emoção, pessoas, é sua vida toda ali. Por mais que aceite os motivos e as razões para mudar tudo o que não dá mais certo, requer uma resignação e entendimento que só vem com o tempo e com os resultados positivos", avalia Paiva. Em alguns casos não há alternativa a não ser o afastamento dos acionistas do comando diário das operações, seja para um conselho de administração ou em favor de uma gestão interina e compartilhada.
O recente episódio da perda de grau de investimento do Brasil por agência de classificação de risco traz um bom ensinamento aos empresários. Uma gestão perdulária ou hesitante em tomar medidas tempestivas, ainda que duras, sempre cobra um preço elevado. No caso do País, a perda do selo de bom pagador e o consequente recuo de investimentos internacionais. No âmbito empresarial, a queda de lucratividade, maior endividamento e, no limite, o dilema de partir para a lei de recuperação judicial ou direto para a falência.
A perda do grau de investimentos pode funcionar como um divisor de águas na área governamental, com a busca do reequilíbrio nas contas públicas. Já o setor privado, que sofre com os desajustes da economia com inflação alta, juros elevados, recessão e queda nas vendas, também precisa se ajustar. "Todos os indicadores econômicos e financeiros apontam que a crise será longa, pelo menos mais dois anos de grandes dificuldades. Portanto, não existe mais tempo a perder. É hora de se reestruturar", avia o economista. Tanto o Brasil como suas empresas precisam dar uma virada em seus resultados, processo também conhecido por "turnaround", ou reverter prejuízos, endividamento, recuperar dinamismo econômico e voltar a crescer de forma sustentável.
Com a crise, não existe
mais espaço para super-heróis
nas empresas
A crise prolongada vai sepultar o papel do super-herói nas organizações. O fenômeno é recorrente. O crescimento da empresa que conseguiu ter um produto aceito pelo mercado geralmente traz um problema, o isolamento do líder. O empresário bem-sucedido, que assume o papel de faz tudo na organização, dificilmente coloca como prioridade montar uma área de inteligência dentro da empresa, um grupo de executivos em condições de planejar, de forma estratégica, o crescimento sustentável da companhia . Sem uma gestão profissional, a empresa acaba perdendo sua competitividade no mercado. E a crise aumenta. O que temos visto nas empresas que necessitam passar por turnaround é equipes bem despreparadas, tendenciosas ou até mesmo lesivas aos interesses da companhia.
Pelo grande volume de procura por serviços de reestruturação de empresas, o economista Luis Alberto Paiva não tem mais dúvida: a crise atual é a pior dos últimos 20 anos em que atua à frente da Corporate Consulting,
- Não será surpresa se metade das empresas nacionais simplesmente desaparecer em um ano. Muitas enfrentam queda de até 60% no volume de vendas, não tem mais crédito para rolar dívidas, enfrentam dificuldades para pagar funcionários, fornecedores e impostos. Poucos irão escapar da crise. Nem trabalho árduo, ajustes pontuais ou muito menos cortes generalizados de custos são suficientes para manter o fôlego das empresas em um ambiente de forte retração econômica", acrescenta Paiva.
"Mas não precisam cair no desespero, diz Paiva . "O mercado de turnaround no Brasil está mais maduro, novos instrumentos de proteção foram criados e existem bons profissionais em gestão interina capazes de resolver os problemas de sufoco financeiro", assinala o economista da Corporate. "São boas as chances de salvação para as companhias descapitalizadas de contarem com profissionais experientes em renegociar dívidas com os bancos, fornecedores e em adotar planos para destravar as operações", acrescenta Paiva.
"Não existem linhas de crédito. As empresas procuram se ajustar ao novo quadro econômico. Para tanto, precisam contar com ajuda externa para garantir financiamento ao projeto de reestruturação e promover a gestão de crise", avalia o economista especializado em "distress".
Novas armas
O grande diferencial da Corporate Consulting é a garantia de que as operações da empresa em dificuldades serão destravadas por meio da injeção de capital próprio ou através de fundos de investimentos e bancos com quem mantém parcerias. A Corporate utiliza diversas armas legais para recolocar as finanças nos eixos e no caminho do crescimento. Após diagnóstico, identifica aquelas com potencial de reverter a situação de crise e injeta capital próprio para resolver pontos críticos, como folha de pagamentos, fornecedores de insumos e matérias prima de forma a retomar a produção. Assume a gestão financeira para garantir que o Plano de Recuperação seja cumprido. Como gestora interina, controladores delegam o gerenciamento de contas a receber e a pagar e deixam temporariamente a administração a cargo dos profissionais da Corporate.
Website:
http://corporateconsulting.com.br/