Releases 05/04/2016 - 17:35

Transplante de córnea é a única solução para tratamento de ceratocone em 10% dos casos


Catanduva, SP--(DINO - 05 abr, 2016) - Doença que afeta uma em cada vinte mil pessoas no Brasil, o ceratocone pode ser definido, de forma geral, como uma deformação da córnea, provocando a percepção de imagens distorcidas, bem parecida com os sintomas de astigmatismo. Em 10% dos casos, um transplante de córnea é a única solução, restando ao paciente entrar na fila de espera por uma doação.

O nome ceratocone vem do fato de que a córnea afina e muda de forma, assumindo o formato de um cone, conforme explica o oftalmologista Dr. Thiago Pardo Pizarro, do Pizarro Hospital do Olho. "O principal sintoma é a visão borrada e distorcida tanto para longe quanto para perto, dores de cabeça, halos (pequenos feixes) em torno das luzes, fotofobia e coceira. Ao aparecimento de qualquer sintoma, procure um especialista", destaca.

Como tratamento da doença, existem opções como implante de anel corneano, cross-linking e, para casos mais avançados, o transplante de córnea. "O anel remodela a curvatura da córnea, regredindo o ápice do ceratocone e retornando-o a um formato mais natural, arredondado. Já o cross-inking refaz as ligações de colágeno da córnea, proporcionando um enrijecimento do tecido corneano e, consequentemente, a estabilização da doença", explica. A córnea é o local onde ocorre tanto o astigmatismo como o ceratocone, e possuem os mesmo sintomas, principalmente em relação à visão borrada. "É importante destacar que o tratamento do astigmatismo é mais simples, ao contrário do ceratocone", ressalta. "Hoje já existem os tratamentos a laser, tanto usados no transplante quanto no implante de anel. O procedimento oferece segurança, preserva a camada da córnea e diminui a incidência de falência do transplante", completa. "Entretanto, nestes casos, é fundamental procurar especialistas experientes, que possam lhe orientar sobre o procedimento e indicar a melhor opção", finaliza.

A detecção precoce da doença e o tratamento correto podem garantir que a pessoa conviva bem com a doença para o resto da vida. Entretanto, se for descoberto tardiamente, pode até levar à cegueira. Portanto, caso perceba alterações na sua visão, procure um oftalmologista", indica o especialista do Pizarro Hospital do Olho.

Website: http://www.pizarroho.com.br/