Rio de Janeiro--(
DINO - 04 fev, 2016) - O médico, Alex Sander Ribeiro, chefe do Serviço de Emergência do CHN (Complexo Hospitalar de Niterói), explica que, nessa época do ano, é preciso continuar com a atenção à saúde. O que vai da prevenção contra as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e da cautela com o consumo de álcool até a proteção contra o zika e dengue vírus nesses dias de folia.
O especialista relacionou algumas dicas fundamentais para você não perder o tom e a alegria do Carnaval durar até a Quarta-feira de Cinzas.
1. Bota a camisinha, meu amor!
Alex Sander lista as principais DSTs: AIDS; hepatite; gonorreia; herpes; sífilis; tricomoníase; candidíase; cancro mole; condiloma acuminado (infecção pelo HPV) e infecção por clamídia. Ele explica que a melhor maneira de prevenção contra as DSTs é evitar grande quantidade de parceiros e sempre usar preservativo. Também é preciso atenção com roupas íntimas, banheiros públicos e higiene íntima, além de controle anual com o acompanhamento de um ginecologista.
2. Carnaval com zika e dengue, não!
Pode ser que o mosquito Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chikungunya) também queira entrar na folia, portanto, a atenção deve continuar.
Segundo o especialista, até o momento, não há nenhum tipo de tratamento disponível para a infecção por zika vírus. O médico afirma que a melhor forma de se prevenir contra a doença é combatendo o mosquito, por meio de inseticidas, uso de repelentes, telas nas janelas e campanhas de prevenção.
As gestantes ou mulheres que suspeitam de gravidez devem ter cuidado redobrado para evitar infecções virais. Além de fantasia, o folião deve levar o repelente para a folia. A prevenção é o melhor remédio!
3. Cachaça não é água, não!
Um dos perigos do consumo abusivo de bebidas alcoólicas está relacionado à hipoglicemia, baixa na taxa de glicose sanguínea, que pode levar uma pessoa a desmaios, coma alcoólico e desidratação.
O consumo de carboidratos e alimentos ricos em água, como frutas, não ajuda a diminuir os efeitos do uso excessivo de álcool. "A ingestão dessas substâncias pode auxiliar a combater os sintomas, como desidratação e hipoglicemia, mas não corta a embriaguez", afirma. Portanto, o importante é ingerir a substância moderadamente.
4. Cuidado para o lanche não ser um "abacaxi"
Segundo o médico, por estarem em um momento descontraído, as pessoas tendem a optar pela praticidade. "Mas é importante que se atente aos cuidados de higiene com os alimentos, tanto dentro quanto fora de casa", alerta.
O índice de doenças transmitidas por alimentos aumenta durante os meses de verão e, por isso, é ainda mais importante seguir os passos de segurança alimentar. "Além de observar os cuidados com refrigeração, armazenamento e manipulação dos alimentos, deve-se procurar locais apropriados e que possuam licença para vender alimentos e bebidas", explica. É bom ficar de olho para aquele sanduíche não virar um abacaxi!
5. Cuidado para não dançar
De acordo com o médico Rodrigo Góes, Ortopedista do CHN, as lesões ortopédicas se tornam mais comuns nessa época do ano. A rotina de festa e a maratona de desfiles podem prejudicar coluna, pernas e joelhos, entre outras partes do corpo. Pessoas com sobrepeso, sedentárias e que já apresentam alterações musculares são o grupo de maior risco para lesões e, por esse motivo, precisam estar mais atentas.
Sambar na avenida com salto alto exige dos foliões um preparo extra, pois esses calçados aumentam a carga nas articulações, principalmente dos joelhos. "Saltos muito altos não são indicados, porque aumentam o risco de lesões nos pés, tornozelos e joelhos, além de provocar dores e tensões na região dos pés", afirma Rodrigo. O melhor seria o uso do tênis, pois é capaz de se adequar as irregularidades do terreno e é mais adequado para esse tipo de prática.