São Paulo--(
DINO - 26 fev, 2016) - O estudo "
Marketing para a Classe Média", realizada pela agência de pesquisa de mercado Mintel, indica que uma parte representativa dos consumidores da classe C ainda atenta para os anúncios tradicionais em vez da mídia online. Segundo os dados levantados, 25% dos entrevistados pertencentes à classe média brasileira afirmam prestar mais atenção na publicidade das mídias impressa, de rádio e televisão. Por sua vez, a classe AB tende a procurar e consumir publicidade virtualmente através de computadores, tablets e smartphones.
José Borghi, CEO da agência de criação
Mullen Lowe, antiga Borghi Lowe, destaca que as estatísticas apresentadas colaboram para o entendimento do público de acordo com seu grupo demográfico. Os homens da classe C, por exemplo, prestam menos atenção na mídia tradicional do que as mulheres, e estão mais propensos a utilizarem dispositivos móveis durante comerciais de televisão. O estudo ainda aponta que os jovens entre 16 e 24 anos, ao conhecerem determinado produto através das mídias tradicionais, tendem a obter maiores informações através de apps para smartphones e sites especializados. Para o executivo da Mullen Lowe, o dado aponta para um redirecionamento das estratégias de marketing nas marcas que buscam atender esse público, onde os produtos devem ser associados à internet e redes sociais.
A Mintel ainda mostra que o consumidor médio se sente irritado com publicidade em websites, mas não se importa com anúncios discretos. Segundo o relatório, a solução para o descontentamento seria a aposta em anúncios personalizados e maior privacidade de dados do usuário. O
CEO da Mullen Lowe destaca, ainda, que 20% dos consumidores da Classe C afirmam confiar mais em amigos e parentes para recomendações de marca do que na publicidade tradicional ou digital. Para os pesquisadores, isso indica que as empresas devem apostar na fidelidade dos clientes para o incentivo da propaganda boca a boca.
Os jovens da classe média tendem, em comparação ao restante das faixas etárias desse extrato socioeconômico, a levar em consideração a representação da diversidade brasileira na publicidade. Os retratos dos variados grupos sociais e demográficos do
Brasil parecem relevantes para o público entre os 16 e os 24 anos, conclui o estudo.
José Borghi, da agência Mullen Lowe, antiga
Borghi Lowe, lembra que a pesquisa Vozes da Classe Média, do Instituto Data Popular, afirmou ser positiva a visão para o futuro da classe C brasileira. Seis em cada 10 dos entrevistados afirmaram ter melhorado de vida nos últimos anos, onde apenas 6% acreditam estar em situação piorada. Ainda, 81% afirmaram acreditar em melhoras gerais para o ano de 2017. A saúde e a educação são indicadas como principais responsabilidades do Estado segundo o público procurado. 67% disseram acreditar no voto como instrumento de efetivas mudanças políticas e sociais no país. O empresário da Mullen Lowe comenta que as novas configurações demográficas no Brasil precisam ser levadas em consideração para a otimização das estratégias de marketing e atendimento das necessidades do público através da criatividade e da inovação na área da publicidade.
Website:
http://us.mullenlowe.com/