Startup americana desenvolve computador voltado para comunidades pobres, por Zeca Oliveira
Rio de Janeiro, RJ--(DINO - 31 jul, 2015) - Pensando na exclusão digital que vem aumentando em todo o mundo, a Endless, uma startup localizada no Vale do Silício em São Francisco, EUA, construiu um computador de baixo custo que pode usar a televisão como monitor e funciona com ou sem conexão da internet, é o que noticia o empresário brasileiro Zeca Oliveira. Tendo o Brasil como um de seus alvos e parceiros (junto com o México e a Guatemala), a startup realizou seus primeiros testes na comunidade da Rocinha e no Complexo do Alemão e este ano colhe seus frutos, com o lançamento do computador Endless.
Motivação
Enquanto viajava pela Índia, Matt Dalio, Diretor Presidente da startup, percebeu que as pessoas não tinham computadores ou smartphones, mas quase todas tinham uma televisão. Daí surgiu a ideia de conectar as duas coisas. Por isso, o Endless utiliza a tela da televisão como monitor. O sistema operacional chamado Endless OS funciona com processadores de baixo custo, é mais barato que um tablet e funciona com ou sem internet. Entre os aplicativos que o usuário pode utilizar sem conexão, estão a Wikipédia, conteúdos educacionais, programas para fazer currículos, informações de saúde, editores de texto, jogos e centenas de vídeo-aulas da Academia Khan. Segundo informa Zeca Oliveira, a empresa levou três anos para construir o computador pensando na singularidade dos países emergentes. A engenhosidade, contudo, não está apenas no hardware, mas no software, por atingir os grupos sociais menos privilegiados de países como México, Guatemala e Brasil.
Participação brasileira nos testes
No Brasil, os testes para a elaboração do novo computador foram realizados na comunidade da Rocinha e no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, informa Zeca Oliveira. Jovens, idosos e donas de casa que nunca haviam trabalhado em um computador participaram das pesquisas da startup. A equipe ainda realizou uma extensa pesquisa de campo entrevistando moradores, informando-se sobre o dia-a-dia da comunidade e ouvindo seus problemas. O objetivo era pensar de que forma a tecnologia poderia melhorar suas vidas.
Subsidiada pelo público por meio da plataforma de financiamento colaborativo Kickstarter e atingindo US$ 100 mil em 4 dias, em maio deste ano a startup partiu de sua sede em São Francisco em um ônibus escolar rumo ao México, onde realizou a entrega de computadores Endless a algumas escolas. Segundo Zeca Oliveira, em julho deste ano, a startup retornou às comunidades brasileiras que lhes abriram as portas para mostrar o resultado das pesquisas.
A Endless no Brasil
A Endless possui brasileiros em sua equipe e um escritório no Rio de Janeiro o site possui versão em português e tutoriais em português estão sendo gravados. Porém, a chegada dos computadores ao Brasil possui alguns entraves em razão da alta carga tributária e, portanto, a startup planeja fabricar o hardware no Brasil para tornar o preço mais acessível. Segundo informa Zeca Oliveira, mesmo sem disponibilidade para o Brasil, é possível se registrar no site da empresa (https://endlessm.com/) e ser notificado quando o produto estiver disponível. Ele poderá ser adquirido em dois modelos: o primeiro custa US$ 169 e tem 32 GB de memória e o segundo custa US$229 e tem 500GB de memória. O software na versão brasileira deverá estar finalizado até o final do ano e será inicialmente voltado para a utilização na rede pública de ensino, a ser acordado com o governo, informa Zeca Oliveira.
Website: http://zecaoliveira.com/
Motivação
Enquanto viajava pela Índia, Matt Dalio, Diretor Presidente da startup, percebeu que as pessoas não tinham computadores ou smartphones, mas quase todas tinham uma televisão. Daí surgiu a ideia de conectar as duas coisas. Por isso, o Endless utiliza a tela da televisão como monitor. O sistema operacional chamado Endless OS funciona com processadores de baixo custo, é mais barato que um tablet e funciona com ou sem internet. Entre os aplicativos que o usuário pode utilizar sem conexão, estão a Wikipédia, conteúdos educacionais, programas para fazer currículos, informações de saúde, editores de texto, jogos e centenas de vídeo-aulas da Academia Khan. Segundo informa Zeca Oliveira, a empresa levou três anos para construir o computador pensando na singularidade dos países emergentes. A engenhosidade, contudo, não está apenas no hardware, mas no software, por atingir os grupos sociais menos privilegiados de países como México, Guatemala e Brasil.
Participação brasileira nos testes
No Brasil, os testes para a elaboração do novo computador foram realizados na comunidade da Rocinha e no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, informa Zeca Oliveira. Jovens, idosos e donas de casa que nunca haviam trabalhado em um computador participaram das pesquisas da startup. A equipe ainda realizou uma extensa pesquisa de campo entrevistando moradores, informando-se sobre o dia-a-dia da comunidade e ouvindo seus problemas. O objetivo era pensar de que forma a tecnologia poderia melhorar suas vidas.
Subsidiada pelo público por meio da plataforma de financiamento colaborativo Kickstarter e atingindo US$ 100 mil em 4 dias, em maio deste ano a startup partiu de sua sede em São Francisco em um ônibus escolar rumo ao México, onde realizou a entrega de computadores Endless a algumas escolas. Segundo Zeca Oliveira, em julho deste ano, a startup retornou às comunidades brasileiras que lhes abriram as portas para mostrar o resultado das pesquisas.
A Endless no Brasil
A Endless possui brasileiros em sua equipe e um escritório no Rio de Janeiro o site possui versão em português e tutoriais em português estão sendo gravados. Porém, a chegada dos computadores ao Brasil possui alguns entraves em razão da alta carga tributária e, portanto, a startup planeja fabricar o hardware no Brasil para tornar o preço mais acessível. Segundo informa Zeca Oliveira, mesmo sem disponibilidade para o Brasil, é possível se registrar no site da empresa (https://endlessm.com/) e ser notificado quando o produto estiver disponível. Ele poderá ser adquirido em dois modelos: o primeiro custa US$ 169 e tem 32 GB de memória e o segundo custa US$229 e tem 500GB de memória. O software na versão brasileira deverá estar finalizado até o final do ano e será inicialmente voltado para a utilização na rede pública de ensino, a ser acordado com o governo, informa Zeca Oliveira.
Website: http://zecaoliveira.com/