Flavio Maluf comenta eleições no EUA e sua relação com a economia
(DINO - 25 mai, 2016) - Com a turbulência política que vivemos atualmente no Brasil, o cenário econômico, mais do que todos, sofre. Porém, não é só aqui que vivemos tempos de incertezas. Com a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos, o crescimento tem sido reduzido - além de investimentos estarem praticamente paralisados.
Flavio Maluf empresário brasileiro, comenta que o principal motivo para esse comportamento do cenário econômico norte-americano é o antagonismo ideológico dos principais candidatos a Casa Branca - Hillary Clinton e Donald Trump. Os dois já anunciaram seus projetos de governo, com grandes diferenças em praticamente todos os campos,o que cria instabilidade e incerteza por parte de investidores e empresas, que ainda não têm ideia de como será a partir do ano de 2017.
Somado a este cenário de incerteza com relação ao perfil dos candidatos, está o próprio ano de eleições em si. Flavio Maluf lembra que, nessas situações, as empresas ficam relutantes em investir ou contratar, e que aguardarão se for o meio mais econômico. O que corrobora essa tese é uma pesquisa feita pelo banco americano Wells Fargo, que registra, desde 1933, o desempenho fraco dos mercados financeiros no ano em que o presidente no poder não é candidato.
Além de empresas e investidores, quem movimenta a economia também é afetado por essa incerteza. Os consumidores hesitam em fazer compras grandes, segundo dados de empresas do país em períodos como esse. Ademais, as pessoas ouvem, a todo momento, mensagens negativas de como será o governo do outro candidato nas eleições, inspirando medo e incerteza - o que, certamente, não anima o grande público a aumentar seu consumo.
Também pequenos empresários - que estão, digamos, no "meio" dessas duas grandes classes já citadas - são prejudicados com o cenário atual. Flavio Maluf lembra pesquisa recente da da PricewaterhouseCoopers, entre empresas de capital fechado (que são sociedades anônimas divididas em poucos sócios, onde não são vendidas ações livremente) identificou apreensão crescente com o cenário econômico, ligado a incertezas regulatórias no tocante ao legislativo - tendo esse padrão se repetido nas últimas três campanhas.
As grandes empresas podem até gostar das ideias de Donald Trump no tocante à economia. Porém, como ressalta Flavio Maluf, a incerteza sobre a eleição dele e as diferenças gritantes entre o mesmo e Hillary Clinton afugentam ideias de investir das empresas, que fazem uma pausa estratégica - é o frear agora para crescer depois.
Foi criado, através de pesquisas, um Índice de Conflito Partidário, que demonstra o quanto conflitos políticos desencorajam investimentos em produção e desemprego - e aqui cabe o link com nosso país, vez que o nosso "conflito político" é mais grave que uma simples eleição presidencial. Uma grande oscilação no Índice corresponde a uma queda de 1% nos investimentos mensais de empresas do setor privado.
Deste modo, Flavio Maluf finaliza comentando que, sim, as incertezas políticas estão constantemente ligadas a crises econômicas. A realidade dos Estados Unidos, porém, se dá pelo completo antagonismo entre os dois principais candidatos à presidência - e é de se esperar que as empresas se retraiam para, depois, voltarem a crescer.
Flavio Maluf empresário brasileiro, comenta que o principal motivo para esse comportamento do cenário econômico norte-americano é o antagonismo ideológico dos principais candidatos a Casa Branca - Hillary Clinton e Donald Trump. Os dois já anunciaram seus projetos de governo, com grandes diferenças em praticamente todos os campos,o que cria instabilidade e incerteza por parte de investidores e empresas, que ainda não têm ideia de como será a partir do ano de 2017.
Somado a este cenário de incerteza com relação ao perfil dos candidatos, está o próprio ano de eleições em si. Flavio Maluf lembra que, nessas situações, as empresas ficam relutantes em investir ou contratar, e que aguardarão se for o meio mais econômico. O que corrobora essa tese é uma pesquisa feita pelo banco americano Wells Fargo, que registra, desde 1933, o desempenho fraco dos mercados financeiros no ano em que o presidente no poder não é candidato.
Além de empresas e investidores, quem movimenta a economia também é afetado por essa incerteza. Os consumidores hesitam em fazer compras grandes, segundo dados de empresas do país em períodos como esse. Ademais, as pessoas ouvem, a todo momento, mensagens negativas de como será o governo do outro candidato nas eleições, inspirando medo e incerteza - o que, certamente, não anima o grande público a aumentar seu consumo.
Também pequenos empresários - que estão, digamos, no "meio" dessas duas grandes classes já citadas - são prejudicados com o cenário atual. Flavio Maluf lembra pesquisa recente da da PricewaterhouseCoopers, entre empresas de capital fechado (que são sociedades anônimas divididas em poucos sócios, onde não são vendidas ações livremente) identificou apreensão crescente com o cenário econômico, ligado a incertezas regulatórias no tocante ao legislativo - tendo esse padrão se repetido nas últimas três campanhas.
As grandes empresas podem até gostar das ideias de Donald Trump no tocante à economia. Porém, como ressalta Flavio Maluf, a incerteza sobre a eleição dele e as diferenças gritantes entre o mesmo e Hillary Clinton afugentam ideias de investir das empresas, que fazem uma pausa estratégica - é o frear agora para crescer depois.
Foi criado, através de pesquisas, um Índice de Conflito Partidário, que demonstra o quanto conflitos políticos desencorajam investimentos em produção e desemprego - e aqui cabe o link com nosso país, vez que o nosso "conflito político" é mais grave que uma simples eleição presidencial. Uma grande oscilação no Índice corresponde a uma queda de 1% nos investimentos mensais de empresas do setor privado.
Deste modo, Flavio Maluf finaliza comentando que, sim, as incertezas políticas estão constantemente ligadas a crises econômicas. A realidade dos Estados Unidos, porém, se dá pelo completo antagonismo entre os dois principais candidatos à presidência - e é de se esperar que as empresas se retraiam para, depois, voltarem a crescer.