Releases 15/03/2016 - 17:21

O retrato das mulheres nas campanhas publicitárias, por José Borghi


São Paulo--(DINO - 15 mar, 2016) - A escalada das mulheres rumo ao sucesso profissional é algo que promete avançar de forma exponencial. No entanto, ainda há muito a se fazer. Evidentemente que, ao se falar da igualdade entre os direitos entre homens e mulheres, na atualidade, é algo visivelmente mais justo se comparado com os valores sociais de décadas passadas. O fato é que ainda existem barreiras que só serão vencidas por meio da conscientização da sociedade. O passar dos anos mostrou-se favorável no que se refere as conquistas femininas e é necessário que isso seja constantemente reforçado, afirma José Borghi, co-CEO da Mullen Lowe, antiga Borghi Lowe.

De acordo com uma pesquisa realizada há cerca de três anos pelo Data Popular, 56% dos entrevistados afirmaram que as campanhas publicitárias ainda não retratam a mulher da vida real. Algumas grandes empresas, todavia, demonstram enorme esforço em projetarem a mulher na realidade em que ela vive. Dessa forma, conseguem estreitar os laços com sua clientela. Para José Borghi, a mulher é uma consumidora contumaz dos mais variados tipos de produtos e serviços, o que torna imprescindível que os trabalhos publicitários se identifiquem fielmente com seu estilo de vida, gostos e tendências. Borghi afirma ainda, que o mercado publicitário, bem como a sociedade de forma geral, muito ganhará com campanhas que empoderam a figura feminina.

Uma triste realidade, é o fato da mulher ainda receber salários inferiores se comparados aos que os homens recebem. Trata-se de uma reminiscência do enfraquecido machismo. Não há nada que justifique esse tipo de acontecimento, já que ao se exercer uma mesma função, a remuneração deve ser a mesma. José Borghi, da antiga Borghi Lowe, atualmente chamada de Mullen Lowe, acredita que esse tipo de ocorrência lamentável, embora ainda seja uma realidade, tende a desaparecer com a evolução da sociedade brasileira e mundial.

Em relação ao número de pessoas com ensino superior, 58% são compostos por mulheres, mas elas são minoria entre os cargos de liderança, principalmente de executivos. Esses índices refletem o cenário mundial e apresentam algo que deve ser amplamente combatido, assinala José Borghi. Para ele, a capacidade produtiva da mulher é imensa e seu talento deve ser reconhecido, devendo-se ver por detrás da ótica do preconceito. Discriminar o gênero feminino é uma forma de retrocesso, um comportamento arcaico, que reflete uma profunda ignorância e falta de consideração com o próprio ser humano, completa o atual co-CEO da Mullen Lowe.

No ramo das comunicações, há uma luz no fim do túnel. De acordo com Juliana França, gerente de planejamento da Ogilvy Brasil, a mulher no setor da comunicação conseguiu equiparar-se ao homem ao conquistar seu lugar profissionalmente. Esta é uma área de grande abertura, conquistada a duras penas pelas mulheres. A comunicação é uma necessidade básica do ser humano, o que nos permite compreender a justa equidade que deve haver entre homens e mulheres. O que deveria ser algo tão natural que chegasse ao ponto de não se necessitar empreender nenhuma manifestação, afirma José Borghi, co-CEO e fundador da agência Mullen Lowe.

Website: http://us.mullenlowe.com/